22/05/2015

Entre Borboletas e Morcegos

“Ninguém pode voltar e criar um novo início, mas todo mundo pode começar hoje e criar um novo final!!!!!!!!!!!!!!”.
Pois é, há um ano, quando eu me despedia do Orkut que acabaria em setembro, me deparei com essa frase como legenda de uma foto minha. O mais impressionante é que essa frase estava ali porque eu estava começando uma história ao lado de alguém que eu julgava ser diferente, queria começar uma história diferente da que tinha acabado e como não podia voltar atrás em minhas decisões, recomeçar era o coerente. No entanto, para minha surpresa e decepção, tudo não passava de uma mentira, me vi cercada de uma enorme farsa, cercada por traições de todos os lados, como num pelotão de fuzilamento, um a um atirando em minha direção enxurradas de mentiras, percebi que colhia migalhas em troca de todo esforço que eu fazia, não que almejasse colher algo, mas nesse momento me dei conta que desejava colher uma coisa apenas: a verdade, no entanto, foi a única coisa que não colhi.
Estar numa história onde não é a sua, insistir em colocar uma vírgula onde há um ponto final, receber apenas a indiferença em troca, gritar e suplicar e em troca ouvir um silêncio por algo que você nem tem culpa, é mais que humilhante, confiar e ser apunhalado pelas costas é cruel! Certa vez, na consagrada série Greys Anatomy, ouvi o seguinte: “Intimidade é uma palavra de cinco sílabas para ‘aqui – está – o – meu – coração – por – favor – esmague-o – como – carne – moída – e – se – delicie’. É uma coisa ao mesmo tempo desejada e temida. Difícil de conviver com e impossível de se viver sem”. E foi, justamente, tanta intimidade que abriu as feridas no meu coração, aquelas pessoas foram o meu pior veneno, hoje se tornaram a minha mais amarga lembrança. De repente, me dei conta que nada é mais humilhante do que ouvir silêncio depois de gritar palavras de carinho e devoção. Prefiro ajoelhar-me, suplicar e em troca ouvir qualquer coisa: gritos, palavrões, palavras de ódio e indignação. Qualquer coisa, menos o silêncio.
Porém, uma hora levantamos, paramos perante a nossa imagem no espelho e ouvimos dentro de nós uma voz que fala: “agora mesmo tantas histórias estão sendo escritas, e eu continuo aqui, vivendo de lembranças que nem existiram de verdade. Contentando-se com restos, e abraçando quem só me vira as costas”. O tempo passa e com ele tudo vai seguindo da melhor forma, se no final não deu certo, é porque o final ainda não chegou, por isso, aprendi a aceitar os fatos a viver um dia de cada vez e carregando apenas o fardo que o dia me impõe, hoje eu sei que as lembranças ruins podem machucar, mas sei também que as boas podem ser muito mais dolorosas. As feridas me moldaram; hoje, carrego o doce das flores, mas também, o amargo gosto do veneno. Por isso, depois de refletir ao longo desse ano sobre a frase que deu origem a esse texto, deixo uma nova, que com certeza, fez muito sentido, já que tenho novos passados agora: “A melhor maneira de esquecer um passado, é criar outro!!!”.

4 comentários:

  1. I love that post!! I understand portugues but I don´t know write or speak, but I understand that you are a great person and muito sincera.
    God bless you.
    Kisses from Spain sweety =)

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    1. Gracias! Yo hablo español, pero no escrebo bien.
      Besos!

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  2. Que post M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O, sério amei de mais <3
    http://keepthisphotograph.blogspot.com.br/

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    1. Muito obrigada, que bom que você gostou! Isso me deixa muito feliz!
      Beijos!

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