Nos
nossos relacionamentos diários, sejam eles quais sejam, a receita da boa e
velha etiqueta é indispensável. Respeitar as pessoas que fazem parte da vida do
outro é lei, não dá para evitar os amigos ou família deste, muito menos ficar
olhando de cara torta para eles. No entanto, muitas vezes, “o santo não bate”
por algum motivo, seja um amigo querido que implicou com alguém próximo a você
ou o contrário, seja seu namorado que implicou com algum amigo seu ou
vice-versa, e aí o que fazer?
Quando
falamos de amizade, temos que ter em mente que existe amigos e “amigos”,
aquelas pessoas que são companheiras, queridas, com as quais contamos sempre,
nos bons e maus momentos são amigos, você tem alguém em quem confia todos os
seus dramas e todas as suas conquistas? Então, se sua resposta for sim, então
como agir diante de alguém que é ponto de discórdia entre vocês? A resposta não
é fácil, pois envolve uma terceira pessoa que causa um certo desconforto numa
bonita relação de amizade, mas que pode não ter consciência do que está se
passando, no entanto, se o bicho pega é porque, em geral, há algo sim, uma
certa parcela de culpa dessa pessoa na história.
Converse com seu amigo,
procure descobrir as causas, o porquê de tudo isso e em certos casos, o melhor
é se desligar dessa outra pessoa mesmo, claro que tudo isso deve ser analisado
antes, a pergunta: “vale a pena permanecer próximo de alguém que nutre
discórdia entre uma pessoa que é extremamente importante e que considero tanto
ao longo desses anos e eu?”, “vale a pena me afastar desse alguém por uma
pessoa, será que não há uma chance de conciliar as duas amizades, tenho mesmo
que escolher?”.
Mas, se a pessoa indignada for um “amigo”, uso as aspas para
representar aqueles amigos de festas, que não são os melhores amigos, são
aqueles que só vemos de vez em quando ou quase nunca, que são os chamados
colegas ou conhecidos, nesse caso, também é importante entender os motivos
desse amigo, às vezes, ouvi-lo pode te ajudar a se afastar de pessoas cruéis
que podem vir a te prejudicar no futuro, mas como é apenas “amigo”, você não
precisa se afastar de alguém por algo que desagrada a este por motivos pessoais
dele, afinal, vocês não são amigos de longa data com uma amizade forte o
bastante para te fazer tomar uma atitude radical assim.
Quando
falamos de um cônjuge, a conversa é mais fechada e menos aberta que a anterior,
já que estamos falando de alguém que deve ser uma parte de você e se você pensa
no(a) parceiro(a) com amor, é bom que as preocupações dele, também sejam as
suas e aí, investigar a fundo o que está se passando com este é primordial para
se construir uma relação saudável e duradoura, afinal, se você não está
disposto a abrir mão de nada no relacionamento, não vale a pena nem começar um.
Por isso, converse com seu cônjuge, às vezes, o que você chama de ciúmes pode
não ser, ou não ser apenas isso. Entre marido e mulher, ou até mesmo num namoro
longo, o diálogo deve ser o ponto forte, uma conversa aberta colocando os
pontos nos is, deve ser algo frequente, a famosa DR: discutir a relação, não é
para os fracos não, só os fortes têm coragem de terminar o dia depois de uma
longa conversa e dormirem com a certeza que deram um passo – por menor que seja
– para melhorar a relação e com novas iniciativas na cabeça para tornar o
relacionamento melhor amanhã.
Por isso, se há uma persona non grata (pessoa que
não é bem-vinda, não é agradável) ou personae non gratae (no plural), afaste-se
dessas pessoas, infelizmente, às vezes é necessário escolher, pode não ser o
mais confortável a fazer, mas numa relação entre homem e mulher, a prioridade é
a relação dos dois, as outras pessoas e suas relações com elas, passam a ser
secundárias e para permanecer num casamento ou namoro estável e feliz, é
necessário se afastar de companhias que podem pôr fim a paciência que seu cônjuge
está tendo com você por causa dessas pessoas, converse, escute, entenda com
amor, embora não concorde em alguns casos. E se afastar nesse caso, envolve
muito mais do que deixar de ligar ou conversar com a dita pessoa, atitudes como
excluir telefone, bloquear em redes sociais, não cumprimentar mais, até rasgar
fotos em casos mais radicais (que vai depender do que o cônjuge te disse ou
deixou a entender) são passos para uma relação plena e claro, converse com quem
ama, não deixe o amor “morrer” ou adormecer por causa de pessoas sem as quais
você consegue viver bem.
E
se o problema for com você? Se é você quem está em relações rodeadas de
personae non gratae as dicas são parecidas, ou seja: converse com seu amigo(a),
seu cônjuge, diga o que sente de fato, porque a presença da pessoa te irrita, o
que te causa, fale tudo, se o outro vier com gritos ou desculpas, ouça-as e
tome suas atitudes a partir daí, você não é obrigada – e nem deve – como
pessoa, ser humano, a conviver em relações que te fazem mal e te causam enjoos,
se achar necessário, se afaste dessa pessoa, procure se libertar e ser feliz,
mas, cuidado, se a pessoa em questão é seu cônjuge, procure soluções juntos,
tenha em mente sempre: “estamos juntos porque nos amamos”, faça perguntas que
ajude aos dois a viver melhor e de forma tranquila, ninguém quer um amor pela
metade, aliás, ou ama ou não ama, se a persona non grata é mais importante que
você, então não é amor.
Uma ressalva aqui deve ser feita, não seja ou não tenha
os pais, irmãos ou parentes mais próximos como persona non grata, eles são
família tanto quanto você. Visto tudo isso, tome coragem, abra o coração e
escute-o também, e nunca, nunca intime com a famosa frase: “escolha entre ele(a)
ou eu”, essa escolha deve partir do outro e não de você e cuidado se ele
perguntar se é isso que você quer, ele pode estar empurrando a responsabilidade
que cabe a ele, nesse caso, para você. E não é bem por aí! Lembre-se que a cada
escolha uma renúncia, mas busque sempre a sua felicidade!
E
aí, vocês tem alguma dica, concordam ou discordam de algo exposto aqui? Deixe
sua opinião nos comentários.
P.S.:
Esse post foi um pedido feito pelo Dário por e-mail que escreveu pedindo dicas
sobre o assunto. Obrigada por permitir usar seu nome aqui e por ter confiança
em mim e escrever. Beijos!