Eu
não sei o caminho que leva ao meu coração, então não posso te garantir que você
o encontraria se permanecesse ao meu lado. Não sei muito o que falar, essa é a
verdade, mas queria muito conversar com você, sei que a escolha foi minha, por
isso, não reclamo.
Tenho
pensado muito nas coisas, ultimamente. Tenho pensado em como as coisas mudam o
tempo todo, que a gente sumiu e se reencontrou tantas vezes; se fôssemos
primos, eu diria que amor de primo não morre, mas também não é amor. Mas, ainda
me pego pensando em você, lembrando seu cheiro (por que nunca perguntei que
perfume usava? Droga!), sentindo suas mãos nas minhas e os seus olhos olhando
diretamente nos meus.
Queria
jogar conversa fora, sair em um daqueles passeios malucos que você inventava,
rir até a barriga doer e depois ganhar um beijo daqueles que só você sabe dar.
Ok, esse mundo ao seu lado não me pertence mais. Cá estou eu, fazendo o que
sempre achei tosco e ridículo: escrevendo meus sentimentos por um cara e
publicando, clichê e bobo. Mas queria falar com você as banalidades do
dia-a-dia...
Dizer
que ainda sou a mesma de sempre, a menina estabanada que derruba tudo, que não
leva desaforo para casa na maioria das vezes, mas que quando é necessário,
apenas chora... Dizer que ainda gosto das mesmas bandas, que ainda canto no
chuveiro, que ainda como pizza, que fico zangada fácil, que rio em horas
erradas e faço muito barulho, ainda sou a bagunçada-organizada, a menina-mulher
de sempre.
Dizer
que mudei em alguns aspectos, afinal, o tempo não parou. Dizer que estou
prestes a mudar de casa, que estou feliz por não estar fazendo nada que eu não
queira, que voltei a criar gatos, que passei a gostar de chuva, que tenho
encarado alguns medos, que o céu agora é o limite, que troquei o vício de
televisão pelo de internet, que tenho vontade de dar umas bofetadas na cara de
uma pessoa, que não falo mais com certas pessoas porque não quero perder tempo
com gente que me revira o estômago e que só me faz mal, que conheci novas
cidades e que a vida tem me ensinado muito. Eu conheci gente nova, me
reaproximei de pessoas do passado e me afastei totalmente de outras...
A
verdade é que me sinto uma velha, olho e vejo o quanto amadureci; mas, me sinto
uma criança quando tenho vontade de fazer uma travessura e vou lá e faço, mesmo
sabendo que vou levar um carão daqueles, afinal, a vida é tão curta para ficar
com vontade de fazer algo e desistir por causa da opinião dos outros, não é
mesmo? Com quem será que aprendi isso? Ah, lembrei, com você!
Ufa...
Tantas informações, não é? Você disse que me amaria se eu continuasse a ser a
mesma menina singela de sempre, mas seu coração bateria acelerado da mesma
forma, se eu me tornasse ardilosa ou audaz... Eu sou o que descrevi acima, tire
suas conclusões.
Decifre-me
ou devoro-te: a escolha é sua, meu amor do passado!
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