16/04/2016

Sobre o Presente e Eu...


Tenho aprendido a amar mais a mim mesmo, com todos os meus defeitos, cicatrizes e falhas, rosto imperfeito, pouca bunda e corpo magrelo. Não foi fácil encarar meu rosto no espelho diversas vezes e nem sei quando se tornou tão fácil, mas se tornou... Quando diziam que eu tinha que me achar bonita para me amar, eu sentia que era impossível então chegar a tal, e quer saber? Não é necessário a primeira para chegar a última! Enfim, eu estou longe de ter um rosto simétrico, com uma boca bonita e um nariz fino, nem tenho um corpo cheio de curvas e cabelos sedosos, mas não precisei disso para me sentir bem comigo mesmo.
Eu sei a minha história mais do que qualquer um vai saber, sei que não gosto do sabor morango embora goste da fruta, que amo música boa e que dançar é chato, que grito feito louca e que não mudo por ninguém! Aprendi coisas úteis e inúteis nessa vida e todas fizeram ser quem eu sou hoje, aprendi a dar importância as pessoas e as coisas, mas aprendi a dar muito mais importância ao que realmente quero e parei de me deixar em segundo plano. Aprendi que os amigos nem sempre são tão amigos assim e para os falsos respiro e solto um “foda-se” para estes, para os verdadeiros o meu abraço e sorriso mais sinceros. Joguei coisas fora, doei outras e queimei o restante, senti o amargo gosto da nostalgia mas senti o doce sabor que as lembranças me trazem antes de ir deitar, sim antes, porque ao deitar, não permito mais que lembranças boas ou más me cerquem.
Perdi a paciência para fazer coisas que não gosto ou não estou a fim, perdi a vontade de discutir e brigar, tenho preferido o silêncio e não peço mais explicações, não sou mais tão ingênua quanto pareço ser, embora disfarce bem hoje e não levanto a voz porque o máximo que vou conseguir é inflamar as amígdalas e me desgastar. Afinal, as pessoas que reclamam que você as corta e não as deixa terminar suas colocações são as mesmas que gritam, te cortando. Já não sou tão indecisa, sei bem o quero, afinal, já passei da fase de me reescrever em cada página, hoje, eu sei bem quem sou e porque sou, minhas decisões e ações são focadas em mim e não nos outros, por isso, culpo apenas a mim se der errado e o medo de errar já não faz mais parte de quem eu sou agora, às vezes, é bom errar mesmo! Não tenho tido tempo para nada e nem feito nada, na verdade estou de férias, férias dos meus deveres e dos meus prazeres, com os pensamentos longe, eu sei que quem não gosta de mim está perto, mas os que gostam estão mais perto ainda, independentemente de onde moram.
O tempo está passando, tudo parece fácil e difícil ao mesmo tempo e esse paradoxo tem me agradado cada vez mais e tenho sido grata a Deus por tudo. E essa paz interior que sinto hoje é o resultado de todo amor, dor, conquistas e fracassos! E um dia, sei que chego lá...

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