É
isso aí, 2017 tá acabando...
Confesso
que eu não ia fazer retrospectiva porque até cinco minutos atrás, eu não havia
entendido esse ano, mas agora eu entendi, ou pelo menos, eu acho que entendi...
Na
verdade, eu comecei o ano pensando que algumas pessoas ficariam no passado, a
primeira ligação do ano me dizia isso, mas ao longo dos meses, percebi que
apenas a confiança ficaria no passado, essas pessoas teriam novos papéis e, com
certeza, não seriam protagonistas.
O
cabelo loiro enorme que passava da cintura daria lugar a um cabelo vermelho no
ombro e os olhos azuis esverdeados ficariam atrás de lentes pesadas de óculos
de armações pretas.
Conheci
pessoas que fiz de tudo para estar perto, ajudar e mostrar o quanto eu desejava
os minutos ao lado delas por diferentes motivos, percebi já no final, que o
lugar que ocupava em suas vidas era tão secundário que quase não existia,
enquanto elas eram protagonistas, eu era a coadjuvante delas... Sem problemas,
realinhamos a linha da vida e permaneço perto delas, mas agora de outro modo.
Fiz
viagens incríveis: São Miguel (duas vezes) onde nunca ri tanto, trabalhei tanto
e quebrei tanto a cabeça, mas ajudou a fortificar a amizade com alguém muito especial
que hoje chamo de irmã; fui a Mossoró e senti um gosto amargo ao me despedir de
lá dessa vez, não sei o porquê, mas sinto falta daquela viagem, daquela cidade,
das formações e das pessoas, especialmente. Fui a Recife, depois de alguns anos
e foi tudo de bom, aliás, foi a melhor viagem com o grupo de jovens (JMV);
voltei ao Lima, sentia saudade da Romaria da Juventude depois de dois anos sem
ir...
Mudei
de casa, de cidade, mas graças a Deus e minha best friend/irmã posso estar
todos os fins de semana na minha amada Pau dos Ferros. Tudo bem que a cidade
que estou morando não é tão longe, mas ainda sinto falta de estar na minha city
todo o tempo.
Fui
festas muito legais, onde ri, pulei, cantei, mas também fui a algumas que
deveria nem lembrar (sabe a sensação de levar um soco no estômago sem merecer?
Então).
Eu
ouvi críticas nada construtivas, de pessoas que me feriram demais, mas também
ouvi o melhor dos elogios na vida e sei que tudo foi um incrível aprendizado.
Me
organizei mais em muitos aspectos, mas acabei me desorganizando em outros, porém
a vida continua. Algumas ações são do tipo “só podemos conversar com nosso
travesseiro depois que as luzes são apagadas e ninguém estar por perto”, outras
são tão engraçadas que ainda dói a barriga de tanto rir.
Consegui
o que julgava impossível: a famosa caminhada de 33 km da festa de Nossa Senhora
da conceição. Isso mesmo, uma caminhada de Portalegre a Pau dos Ferros, saímos
às 23h e chegamos às 7h30 do dia seguinte. Melhor sensação, chegar na minha
amada Matriz e saber que eu consegui fazer todo o percurso a pé.
Mas,
com certeza, os tapas na cara que o universo me deu em um formato de um único
ser ganha de lavada! Já pensou unir tudo que você detesta e, apesar disso tudo que tanto detesta, ainda te faz querer estar com essa pessoa?
Então, né? Essa sou eu, meio louco, eu sei. Valeu uni, você me deve uma! E o que eu diria a essa pessoa se eu tivesse oportunidade, você tem tudo que me faz odiar uma pessoa, mesmo assim, tem algo que me faz gostar dobrado!
Ai,
2017! Que bom que você chegou ao fim, mas a verdade é que vendo as fotos e os
vídeos do começo do ano, posso dizer que não me reconheço mais com aquela
menina de janeiro, fevereiro e março que você viu de perto. Sei que sou outra
pessoa agora, além do físico, algo em mim está de fato mudado e como Oswaldo
Montenegro pergunta em sua canção “Onde você ainda se reconhece na foto passada
ou no espelho de agora?”, eu respondo, sem dúvida, em quem eu sou agora, me sinto melhor
assim, apesar de querer mudar tanta coisa...
E que venha 2018.
O
que espero do ano novo?
Apenas
paciência para viver e aceitar o que não pode ser mudado!
Feliz
Ano Novo a todos!
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